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O Avivamento em Jerusalém veio numa época de festa (parte 2/5)


Deus fez outra festa no dia da festa dos judeus. De acordo com as práticas vetero-testamentárias observa-se que Deus é festeiro. A lei prescrevia festas diversificadas, e eram estas "festas tradicionais" que o povo comemorava nesses dias. Deus veio no dia de Pentecostes através do seu Espírito atraindo uma multidão, que ficaram impressionados com a linguagem, barulho, simplicidade e acima de tudo, algo que ainda não tinham visto: Pessoas simples falando vários idiomas sem nunca terem estudado, e falavam das grandezas de Deus (Atos 1.11). Não era o poliglotismo, mas a glossolalia, uma operação específica do Espírito de Deus (Atos 2.4).

O nosso Brasil também é composto de um povo festeiro. São tantas festas que até nos confundimos. Muitas de cunho religioso. Enquanto os judeus se regozijavam com suas tradições, Deus reuniu um pequeno grupo no cenáculo para fazer Sua festa (Atos 2.1). Na festa religiosa havia negócios, vendas diversificadas, encontros, comércio e lucratividade nos negócios religiosos. Na festa promovida pelo Senhor havia um grupo, orando, adorando, aguardando a Promessa do Senhor. Na festa religiosa, muitos gritos de vendedores e comerciantes, enquanto na festa do Senhor, barulho, mas de Glória, de adoração, de louvor e de línguas. A atração da festa do Senhor era de reflexão, salvação e batismos... Que linda festa! Era o dia de Pentecostes...

A época era boa, para ganhar dinheiro. Talvez o verdadeiro sentido da festa fosse mais enfatizado pelos lucros obtidos e não necessariamente pelo ato em si, como ocorre hoje no Brasil. Os lojistas instigam o consumismo nos dias de festas. O objetivo maior sempre é a lucratividade. Precisamos refletir um pouco mais sobre nossas festas. Necessitamos que o Senhor faça uma interferência em nossas comemorações, que às vezes só enchem nossos templos de crentes salvos. Investimos e no final, nada de acréscimos. Às vezes participamos de congressos maravilhosos, mas sem nenhuma conversão.


Nessa festa promovida pelo Senhor milhares de almas foram salvas. Diversas Igrejas igrejas nasceram de peregrinos que voltavam às suas nações e iniciavam igrejas, que até hoje não sabemos quem foram seus fundadores. Oh! Como precisamos destas Festas promovidas pelo Senhor, que transformam gerações.


O Avivamento sempre produz um "barulho". Podemos até interpretá-lo com as possibilidades teológicas tais como: Barulho: resultado das conversões, dos batismos, das reconciliações, da chamada missionária. Creio que esses efeitos são mais eficazes que o barulho em si. Mas, o registro do avivamento contém um "... De repente; um som que veio do céu; um vento veemente e impetuoso..." (Atos 2.2). Enfim, um barulho cativante, chamativo, vocacional. Era tempo de festa, e festa gera barulho, entretanto o barulho de Deus se destacou (Atos 2.6).


Logicamente que a ação de Deus não produz somente barulhos. Existem muitos barulhos sem conteúdo assim como as latas vazias rolam pelas ruas, porém, não podemos generalizar. De acordo com Apocalipse 8.1, infere-se que haja barulho no céu, pois quando foi "aberto o sétimos selo, fez-se silêncio no céu quase por meia hora". Entendemos que Deus não opera somente no barulho, mas também no silêncio, como no caso da oração de Ana, que só movia seus lábios (1 Samuel 1.12-15). Mesmo que haja oração silenciosa, os resultados promovem "barulhos" com a notícia da resposta, a alegria da interferência de Deus.


Nos avivamentos, sempre há atrações de Deus. O Pentecostes bíblico demonstra essa qualidade. Multidões correram para lá, a princípio, movidos pela curiosidade, entrementes, fora apenas um meio que Deus usou para atraí-los, pois ali havia as respostas para suas securas espirituais. Essa tendência não mudou. Quando João Batista foi para o deserto na qualidade de profeta e homem de Deus, diz a Bíblia que "... ia ter com ele Jerusalém, e toda a Judéia, e toda  a província adjacente ao Jordão..." (Mateus 3.5). Não precisamos imitar nada que seja extra bíblico, somente ficar com os registros divinos (Hebreus 13.8).





Fonte: O Grão de trigo que gerou as Assembleias de Deus, p. 41-43.
Extraído do livro: (4° EBOM) Pentecostalismo e História, AD São Mateus, comentários: Pr. José Elias Croce

"A História da Igreja - O Avivamento em Jerusalém" foi divida em 5 partes. Continue apreciando esta brilhante matéria em nosso cronograma completo.

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